A rosa murcha do Paraná, Dirceu e as Margaridas

25/03/2016 10:19

Por Ana Paula Romão (Educadora)

Por Renato Uchôa (Educador)

Milhões de rosas nos jardins no mundo inteiro. Pedaços de cheiros nos quintais, com ou sem cercas, nas favelas, nos guetos escuros e sombrios que amontoam outros milhões de humanos, em condições subumanas. Nas ruas, dos mais variados aromas e tipos, a gente fita. Namoro instantâneo com a beleza, nenhum ciúme do parceiro/a. Nas mansões da opulência construídas pelo suor derramado com sangue. Do chiado no corte, pelo chicote do feitor. Por décadas, por séculos de escravidão, adubam os jardins das “deles”. Rosas e mais rosas que embelezam a vida e não fazem mal a ninguém. E as Rosas que falam. Grita de dentro do peito à liberdade perdida, a igualdade, a fraternidade, o amor abolido pela exploração do homem pelo homem. Rosas que falam do verdadeiro sentido da vida, que nos remetem as utopias de um mundo melhor para todos. São Rosas que brotam, em todas as épocas, em todos os lugares, nos países do mundo, a favor da liberdade. Margaridas, também uma flor; Margarida Maria Alves, por lutar pelos trabalhadores do campo na Paraíba. Um tiro covarde de espingarda 12 no rosto da luta cai com uma réstia de Sol, em 12 de agosto de 1983. Assassinada a mando dos latifundiários do Grupo da Várzea. Rosa Luxemburg é uma delas, Clara Zetkin, do mesmo jardim. Uma Rosa da Revolução na Alemanha imperial, autoritária. Assassinada em 15 de janeiro de 1919, ainda exala por décadas o perfume da liberdade. Faz parte da história da luta dos trabalhadores pelo direito de ter acesso ao que produzem. Rosas, Margaridas diversas em favor da classe trabalhadora. A outra Rosa, Rosa Weber, a Rosa Murcha da República Corrupta do Paraná. Fez um jardim particular com a Elite Brasileira, (com outros jardineiros togados), no Supremo Tribunal Federal. Para esconder as provas da inocência de vários (Laudos, Auditorias...), e condenar sem Elas, AP 470. Regado por baixo do pano pelo aprendiz de jardineiro da intolerância, que já macabrava por lá. Como se diz na Paraíba. O juiz Moro, como Joaquim, esconde provas. Esconde a fala do delator sobre Aécio Neves e a verdadeira tropa da escória brasileira.  O continuador do Jardim do Golpe criado e feito com o agrotóxico de marca Anticonstitucional para extinguir o PT. Rosa Weber é a prova dos instintos mais perversos da justiça selada no curral das elites. De uma juíza sem nenhum traço dos preceitos constitucionais na hora do julgamento de um ser humano. Ou de um bandido qualquer, que tem direito. Escarra em cada página da Constituição. Coautora do crime hediondo contra a presunção da inocência, e da própria inocência no festival televisivo dos selecionados para o abate no STF. E agora com o Inquisidor Moro no comando da Operação Esconde-Esconde, um arqui-inimigo da cor vermelha, um leva e traz do PSDB. Como pôde? Ser tão pobre espiritualmente na utilização da Constituição. Em sendo uma conhecedora da Lei? Como pode se vangloriar ao afirmar publicamente “Não tenho provas contra Dirceu. Vou condená-lo porque a literatura me permite”. O fato de pôr o agrotóxico Inconstitucional em tudo que toca a coloca também na história... Da tropa de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes... Como criminosos ilustres contra a legalidade democrática, em plena democracia. Agora atenta novamente contra a Constituição, negando o habeas corpus a Lula, reafirma a sua posição de golpista no Supremo.  Resistir é preciso.

 

 

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