Michel Temer já transformou o Brasil em um outro país e muitos ainda não perceberam quais as diferenças

03/11/2016 07:59

 Imagem: Agência Brasil

Com Temer, o Brasil já está tão mudado, mais tão mudado, que corre o risco até de ficar irreconhecível. O problema é que muitos ainda não perceberam quais as diferenças

Da Redação | Michel Temer está há poucos meses à frente do governo federal. No entanto, já são bastante claros os sinais de que o Brasil já é um outro país.

Ainda em maio, Temer aumentou a previsão de rombo nas contas públicas de R$ 96,6 bilhões para R$ 170,5 bilhões em 2016. Em outras palavras, é como se dissesse que a presidenta Dilma gastava pouco dinheiro público do Brasil.

Não contente, em julho o presidente propôs rombo nas contas públicas para 2017 de R$ 140 bilhões, contra R$ 65 bilhões propostos por Dilma. Temer, como se vê, é um arrombador de primeira. E Dilma não gastou quase foi nada, se comparar seu governo ao dele.

Para provar mais ainda que Dilma deixou muita grana em caixa, em junho o presidente autorizou a Câmara a aprovar a chamada "pauta bomba" de R$ 58 bilhões para gastos apenas com reajustes salariais para o alto escalão federal do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Temer, no entanto, dá provas de que também sabe fazer cortes de despesas. E como sabe. Sua principal política econômica até aqui é a edição da PEC 241 (55, no Senado), que corta gastos públicos, principalmente em saúde e educação, por longos vinte anos. Servidores públicos da União, estados e municípios serão muito atingidos negativamente.

Mas mesmo quando corta, Temer prova que sabe gastar. Para aprovar a tal PEC, já patrocinou com dinheiro público inúmeros banquetes milionários, para deleite de ministros, deputados, senadores e seus chegados.

Temer também já fez cortes no Fies, Prouni, Pronatec, Minha Casa, Minha Vida e tentou fechar o Ministério da Cultura. O Ciência sem Fonteiras, com Temer, também já foi para o espaço. Outro programa extinto é o Agricultura Familiar.

Em relação ao desemprego, Temer demonstra também que é muito superior à Dilma. Na saída da presidenta, cerca de 10 milhões estavam sem postos de trabalho. Com Temer, já são aproximadamente 13 milhões.

E uma das maiores provas de que o país mudou mesmo é que, pela cabeça do Temer, a idade mínima para aposentadoria deve subir para 65 anos, homens e mulheres. E os professores perdem a aposentadoria especial.

E isto sem falar na reforma trabalhista, que Temer pretende impor a partir de 2017, onde até o 13º salário, o descanso semanal e as férias remuneradas deixam de ser lei. Dilma, de fato, não teve competência para tanto.

Mais corrupção. Além dele mesmo Temer, quase todo o seu ministério e apoiadores no Congresso Nacional são acusados de dezenas de bilionários esquemas de falcatruas com o dinheiro público. O problema é que com as mudanças, o juiz Sérgio Moro e a lava-jato não estão mais tão atuantes como na era PT.

Com Temer, o Brasil já está tão mudado, mais tão mudado, que corre o risco até de ficar irreconhecível. Os que apoiaram o golpe no andar de baixo é que parece que ainda não perceberam quais as diferenças.

Com informações de: G1, Folha, Agência Brasil, portais da Câmara e do Senado e outros

 

 

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