Gestores anunciam reajuste zero no piso dos professores e categoria ameaça não iniciar o ano letivo de 2017 em todo o país

14/11/2016 10:28

 Foto ilustrativa: APP Sindicato

No início de dezembro haverá uma reunião em Brasília do Conselho Nacional de Entidades, isto é, de organizações sindicais ligadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE. O MEC também deve participar desse encontro. "Se não derem o reajuste do piso, a saída é não iniciar o ano letivo de 2017 em todo o Brasil, propõe professora"

Da Redação | Segundo a dirigente Antonia Ribeiro Cardoso, do Sinte-Pi, no início de dezembro haverá uma reunião do CNE em Brasília. O CNE é o Conselho Nacional de Entidades sindicais ligadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE. 

No encontro, que deve contar inclusive com a participação do MEC, será discutida a campanha salarial geral, a questão da correção do Piso e outros temas da educação."Se o piso não for reajustado, o mais provável é que ocorra uma greve nacional no início do período letivo de 2017", diz a sindicalista. A Central Única dos Trabalhadores também participará das discussões.

Os professores precisam se organizar com antencedência mesmo. De acordo com matéria de hoje (14) da Folha de S.Paulo, "municípios ampliaram a pressão para que seja modificado – para baixo – o critério de reajuste do piso salarial (nacional) dos professores". A pressão, evidentemente, é sobre o MEC e a equipe econômica do governo Temer. 

A proposta de estados e municípios é mudar a fórmula de cálculo do piso, para que fique atrelado apenas à taxa inflacionária anual, tal inclusive como reza a PEC 241 – 55, no Senado, do governo Temer. (Ver quadro acima sobre correção do piso).

"Crise" e reajuste zero

Devido à famosa "crise", no entanto, gestores de todo o Brasil já anunciam que querem mesmo é zerar o reajuste do piso dos educadores em 2017. "Estamos com dificuldades até para pagar os salários atuais, não dá mais para falar em aumento nem com base na inflação", dizem em uníssono prefeitos e governadores. Em vários estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e outros, servidores já convivem com ameaças ou mesmo atraso e parcelamento de salários.

Greve nacional

Além de suas direções, os educadores de todo o país demonstram que não vão aceitar calados as ameaças de estados e municípios. "Se não derem o reajuste do piso, a saída é não iniciar o ano letivo de 2017 em todo o Brasil", propõe a professora Sônia Alvarenga, de Belo Horizonte. 

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