Ministro rebate o Mídia Popular mas faz é confirmar que os professores perderão direitos, embora diga que os adora

11/10/2016 12:35

 Imagem: Agência Brasil

Da Redação | O ministro Mendonça Filho, em vídeo postado no site "Boatos.org", diz que são inverídicas as afirmações contidas na matéria que o Mídia Popular postou na segunda quinzena do mês de setembro passado sobre os macabros planos do governo Temer para a educação pública e os professores do país. (Ver o vídeo no final da matéria).

Para ele, tudo não passa de "protestos de grupos e partidos radicais, que estariam insatisfeitos com as mudanças estruturais que ora o governo Temer promove no Brasil". O mais alto dirigente do MEC diz também que direitos dos docentes serão mantidos e que "adora os professores". 

Mendonça Filho, contudo, não responde objetivamente a nenhum dos pontos que levantamos em nossa matéria. Na prática, pela omissão, confirma todos eles.

Ora, em síntese, o que afirmamos é que Temer e seu ministro Mendonça Filho querem rebaixar ainda mais os direitos dos professores. 

Se eles dizem que isso é mentira, por que então:

  • Organizaram toda uma força-tarefa para aprovar a PEC 241, cujo objetivo-alvo é cortar verbas do setor público, em particular da educação? 
  • Incluíram no projeto de reforma da previdência o fim da aposentadoria especial dos professores?
  • Ainda em relação à PEC 241, querem limitar gastos à inflação oficial do ano anterior quando, pela lei 11.738/2008, o piso nacional do magistério deve ser reajustado acima dessa inflação?
  • São assessorados no MEC por burocratas inimigos até do Horário Pedagógico dos docentes?
  • Insistem em cortar verbas das escolas públicas quando se sabe que mesmo pelos valores atuais o dinheiro sequer dá para a compra de merenda escolar de melhor qualidade?

Vejam com atenção o vídeo do ministro e comprove que ele não responde a nada disso. O que faz é apenas se utilizar de uma retórica evaziva para tentar convencer incautos de que seu governo tem boas intenções em relação à educação pública e aos direitos específicos dos professores.

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