Quebra da CLT e da estabilidade do funcionalismo público devem ser votadas logo, diz governo

10/07/2016 16:27

Assessores de Temer, com Henrique Meirelles e Eliseu Padilha à frente, avaliam que "medidas amargas" devem ser tomadas logo no início de cada governo, vez que é natural haver uma certa tolerância do povo a toda gestão que se inicia. "Deixar para mais tarde é um erro político grave", comentou um parlamentar governista nos corredores da Câmara dos Deputados

Por Fernanda A Freitas, Brasília | O governo interino Michel Temer (PMDB) quer tentar aprovar em tempo recorde todas as chamadas 'medidas impopulares' que sua equipe econômica e ele mesmo têm falado pela imprensa. 

No pacote de maldades, a quebra dos direitos trabalhistas contidos na CLT e o fim da estabilidade dos servidores públicos de todo o país. Além disso, entra no bolo também a elevação da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, 65 anos, inclusive para os professores, que têm aposentadoria especial. 

Assessores de Temer, com Henrique Meirelles e Eliseu Padilha à frente, avaliam que "medidas amargas" devem ser tomadas logo no início de cada governo, vez que é natural haver uma certa tolerância do povo a toda gestão que se inicia. "Deixar para mais tarde é um erro político grave", comentou um parlamentar governista nos corredores da Câmara dos Deputados.

A pressa de Temer em aprovar medidas contra o povo se dá ainda por uma questão elementar: as cobranças do alto empresariado para que se faça as mudanças na economia que eles julgam mais adequadas para que mantenham a alta lucratividade dos seus negócios.

Sobre isso, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, falou em recente encontro com Temer em aumentar a jornada de trabalho de 44 para 80 horas semanais. Leia aqui

A CNI é uma das principais articuladoras do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) e ponta de lança quando o assunto é elevar a idade mínima para a aposentadoria, cortar a CLT ou extinguir a estabilidade dos servidores públicos.

Cabe aos sindicatos e centrais de trabalhadores se organizarem para barrar esses projetos. Neste sentido, o mais sensato seria organizar de imediato uma grande greve geral que tenha como uma de suas principais pautas enxotar Temer da presidência da república.

 

 

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