Golpe contra Dilma não tem condições de prosperar. Veja por quê

28.12.2015  23:37  /  Imagem: Agência Brasil

Por Gabriela Torres, de São Paulo-SP, via e-mail

Apesar de todos os erros cometidos pelo governo Dilma, a tentativa de golpe contra a presidenta não tem condições de prosperar. Veja por quê:

Todas as lideranças golpistas são muito desmoralizadas, não passam a menor confiança à população. Nenhuma tarefa da envergadura como a que se dispuseram a legitimar vai para frente sem um nome forte, respeitável e com a ficha limpa perante a nação. Qual a segurança que o bandidão Eduardo Cunha passa ao povo? Que credibilidade tem o fanfarrão Aécio Neves? Quem quer a volta do FHC? Quem segue a histeria homofóbica e racista do Bolsonaro? Além de traidor, o Michel Temer é mais o quê? O que são todos eles diante do carisma de Lula? E o que é a ficha suja deles em relação à história de Dilma?

 

A base dos golpistas, os chamados "coxinhas", é extremamente despolitizada, ignorante, preconceituosa e agressiva. É formada por setores da classe média acostumada a humilhar e xingar pobres e negros. O povo não os reconhece como gente honesta capaz de fazer qualquer crítica séria à presidenta. De tão imbecilizados, eles espantam até setores mais lúcidos da elite que não gostam do atual governo.

Apesar de toda a grana e aparato que têm, os golpistas e sua base coxinha nunca tiveram o hábito de mobilizar o povo para ir às ruas. Mesmo com o apoio da Veja, Folha, Estadão e as dezenas de chamadas ao vivo da Globo no dia das manifestações pró-golpe, o que se viu mesmo foram enormes trios elétricos e alguns gatos pingados ao redor, uns pondo a culpa nos outros pelo fracasso dos atos.

Enquanto os golpistas se atrapalham e xingam todo mundo nas ruas, entidades experientes dos movimentos sociais dão um show de mobilização e levam milhares de pessoas às ruas, avenidades e praças públicas de todo o Brasil. Com a autoridade de quem conhece e sabe o que é movimento, lideranças sindicais e populares rechaçam o golpe e ainda chamam de forma crítica o governo a retomar o crescimento do país.

 

Não há uma só personalidade séria do mundo intelectual ou artístico que dê apoio ao golpe contra Dilma. Neste sentido, apenas o Alexandre Frota, homofóbico declarado, e o decadente Lobão se aliaram ao golpismo.

Em apoio ao mandato da presidenta, por outro lado, há figuraças como Chico Buarque de Holanda, Frei Leonardo Boff e Marilena Chuaí, dentre milhares de outros em todo o país.

 

Por fim, o golpe não prospera por que o povo não quer golpe. Embora se reconheça que Dilma adotou algumas medidas impopulares, a classe trabalhadora e a maioria da população nem sequer cogitam apoiar aventuras que possam trazer de volta o PSDB, o arrocho salarial e as suas corruptas privatizações.

Não vai ter golpe!

 

 

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